Solosolar participa com som experimental
Jornal Correio do Estado, Campo Grande/MS – 4 de maio de 2004
Por Michelle Rossi
Mistura de letras sociais e ritmos ecléticos faz do projeto Solosolar
(que se apresentará dia 25) uma atração, no mínimo, curiosa. O músico Altair
dos Santos, dono do projeto, compõe músicas com algumas parcerias, toca
guitarra e convida outros músicos para tocar com ele em ensaios e gravações.
"O Solosolar reúne estilos diferentes que coloco em experimentação. Posso
combinar sons antes nunca combinados em uma música. Passo pela moda de viola,
polca e rock, entre outros. Quando identifico o tipo de som que quero colocar
numa música, convido um músico especialista da área para tocar comigo",
diz Altair.
Mas tocar não quer dizer realizar shows para o dono do projeto,
destacando a rara apresentação do Solosolar que acontecerá no Teatro Aracy
Balabanian durante o lançamento da coletânea Bônus Track.
A música participante do disco chama-se "Terra que não é
minha", de Altair em parceria com Jerry Espíndola, que descreve a
diversidade cultural de Campo Grande. A canção já estava pronta há cerca de 3
anos, data em que o músico e compositor pleiteou financiamento para a produção
de seu primeiro CD no FIC-MS. O projeto ainda não conseguiu financiamento do
fundo, mas a ideia é colocar 27 músicas no CD que descrevam a diversidade do
projeto.
"Tudo que faço é experimentação. Se alguns músicos não partirem
para ritmos nunca explorados, o ciclo musical vai acabar se tornando vicioso.
Mas além do novo, as influências são essenciais. Não há a possibilidade de
experimentação em cima de nada, deve existir alguma influência a ser
trabalhada", diz.
Para Altair, a outra ponta do processo, o público, ainda encontra
dificuldades para prestigiar o som experimental. "O povo prefere escutar
batida segmentada à guitarra distorcida", compara: "faço parte de um
movimento de resistência para resgatar a criatividade dentro da música, não
importa se é samba ou rock", define.
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